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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Uma questão de toponímia


Como estar na Europa se...


Afinal onde moras?

"Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo, há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide. Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide.

Nunca mais ninguém o viu.

Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!
Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em - ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide.

Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço.

Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em  
Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alformelos, Murtosa, Angeja, ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola. 
Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau.
(...)
Ao ler os nomes de alguns sítios - Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para entrar na Europa. De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai querer integrar?

Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses. 
Imagine-se o impacto de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.
Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).
E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde mora, presentemente?", Só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).

É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro? Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do Garganta Funda.

Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso?
Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?

É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
Ninguém é do Porto ou de Lisboa. Toda a gente é de outra terra qualquer. 
Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir.

Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro).
É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").
Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa. Verá que não é bem atendido. (...) 
Não há limites. Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima !!!

Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros. Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo: Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...)

Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do Bogadouro (Amarante), depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã).

PS. Só faltou referir o Triângulo Erótico da Bairrada (Ancas, Bustos, Mamarrosa)! E agora temos Mamoa.


domingo, 13 de outubro de 2013

Lição a reter...

O valor da lei e das regras



Primeiro dia de aula, o professor de 'Introdução ao Direito' entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nelson, Senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - vamos começar .
- Para que servem as leis? Perguntou o professor - Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor .
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta:
"Agi correctamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais! 

Vá buscar o Nelson - Disse. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.

Aprenda: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia.

sábado, 12 de outubro de 2013

Youtube uma realidade enquanto rede social

Youtubers portugueses...

A SIC voltou, hoje a lançar um tema já anteriormente abordado. Os youtubers portugueses, a sua capacidade de expressão e, principalmente, o seu fenómeno de penetração nos públicos a quem se dirigem.



Goste-se ou não, este youtuber (Kiko) tem milhares de visualizações.


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A ótica e a sociedade

A diferença existe...





quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Introdução aos Estudos de Tendências

Algo que queiramos ou não passa a ser uma tendência




Disciplina, entre a ciência e a filosofia, faz recurso de todas as grandes ferramentas da economia, da gestão, do markerting, da moda, da sociologia, da antropologia, da história e das humanidades. Os Estudos de Tendências não se definem como um estudo da moda, mas sim como uma análise transversal da sociedade, de modo a obter pistas que suportem o desenvolvimento de estratégias de inovação. Neste caso, as potencialidades de inovação envolvem tanto as empresas, como a economia e todo o tecido social. Neste sentido, é importante compreender a tradição criada por autores e investigadores como Faith Popcorn e Carl Rhode

Ler mais em:
 
http://www.ayr-insights.com/pt/produto/Tendencias--Coolhunting/Introducao-aos-Estudos-de-Tendencias/14725

O novo conceito que vai acabar com os copos descartáveis nos eventos e festivais

A Inovar...


O conceito está a ser utilizado em países como Bélgica, Holanda, Inglaterra, Brasil, França, Alemanha ou África do Sul, mas já tem parceiro em Portugal, o empresário da indústria de moldes Paulo Jorge Silva. Mal descobriu o conceito, este português de Oliveira de Azeméis contactou a empresa belga responsável pela Stack Cup e descobriu uma forma mais rápida de desenvolver cada exemplar.
“Dupliquei a capacidade produtiva, ao criar vários moldes que fazem quatro copos de cada vez”, explicou ao Green Savers. Ainda assim, o empresário não conseguiu convencer nenhuma organizadora de eventos ou autarquia a encomendar o produto.
“Um dos principais problemas [ambientais dos eventos] está relacionado com os copos. Eu tenho uma solução: um evento, uma pessoa, um copo. Este copo pode ser mantido ao pescoço com uma fita própria, pode ser transportado no bolso ou numa carteira de senhora”, explica o empresário.
“Isto está a começar a funcionar em todo o mundo, não só na Europa. Para além [dos benefícios ecológicos], ele pode ser um dos melhores meios publicitários alguma vez vistos”...

TedxLisboa - Mentes abertas no ensino...

Porque três anos de interregno é muito tempo, achei que para recomeçar o deveria fazer com algo marcante. Um profissional de excelência mas, acima de tudo um amigo.Uma abordagem interessante...